5 sintomas da depressão pós-parto: alerta para as gestantes na pandemia do coronavírus!

Uma a cada quatro brasileiras apresenta sintomas de depressão pós-parto, relata dados da pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Isso pode, inclusive, aumentar com as gestantes na pandemia do coronavírus.

Segundo a pesquisa, os sinais aparecem entre seis e 18 meses depois do nascimento.

Cenário das gestantes na pandemia do coronavírus

Um estudo da Universidade de Calgary, no Canadá, demonstrou que os sintomas da depressão pós-parto afetam entre 10 e 25% das gestantes. Porém, durante a pandemia, os números subiram para 35%.

A psiquiatra Vanusa Vaz, especialista na Clínica Holiste, aponta que, “após o parto, acontecem novas mudanças hormonais que, somadas a privação de sono, sobrecarga de funções e amamentação — junto aos medos e incertezas já inerentes a este momento —, trazem consigo os riscos para possíveis desequilíbrios emocionais”.

Dessa forma, pode ser que as grávidas na pandemia sintam sentimentos mais aflorados.

5 sintomas da depressão pós-parto

“Entre 40 a 80% das genitoras podem apresentar choro fácil, irritabilidade, instabilidade emocional, ansiedade, sentimento de culpa e frustração por não se sentir feliz. Quando esses sintomas se estendem por mais de quatro semanas — segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders V — ou até mesmo um ano, levanta-se a possibilidade da depressão pós-parto”, explica a profissional.

Ela ainda comenta que os primeiros 15 dias são os mais difíceis e podem desencadear situações de choro e frustração na maioria das mulheres — é o período conhecido como “baby blues”.

Veja agora os cinco sinais de alerta citados por Vanusa:

  • preocupações exageradas com o bebê e com sua própria competência materna;
  • medo de ficar sozinha com o bebê ou de machucá-lo;
  • pensamentos obsessivos;
  • mudanças de humor;
  • sentimento de culpa e frustração.

Atente-se também se você já tem um histórico de depressão no passado. Isso pode ajudar a desencadear os sintomas.

A psiquiatra ainda comenta que “é provável que a própria mãe não perceba essas mudanças no comportamento ou tenha resistência em pedir ajuda, sobretudo porque existe uma tendência a anular as próprias dores e focar apenas no bebê, uma atitude que não é benéfica nem para a mãe e nem para o recém-nascido. Assim, muitas vezes, é necessário que os familiares e acompanhantes mais próximos fiquem atentos aos sinais de alerta”.

“Caso esses fatores estejam presentes por mais de 15 dias, é importante que essa mãe seja encaminhada para atendimento especializado com psicólogo e psiquiatra para avaliação, acompanhamento em psicoterapia e, se necessário, tratamento medicamentoso”, finaliza. A depressão pós-parto tem cura e tratamentos adequados para o período de puerpério e amamentação, o essencial é buscar ajuda!

Edu Ribeiro
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